Hospitalidade e alegria estão no DNA no povo baiano, um verdadeiro convite para o bem-estar aos visitantes de 11 países da ultramaratona de mountain bike.
A menos de duas semanas para o início da Claro Brasil Ride, que acontece entre os dias 14 a 19 de novembro com largada e chegada em Mucugê, no coração da Chapada Diamantina, o Estado da Bahia revela seus segredos para seduzir os participantes de 11 países da ultramaratona de mountain bike (Brasil, Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, Suíça, República Tcheca, Nova Zelândia, Estados Unidos e Canadá).
A Bahia, de povo alegre e hospitaleiro, é o Estado onde a alma brasileira pulsa com maior autenticidade. Aqui nasceu o Brasil. A sua riqueza aflora em todos os segmentos da atividade humana, oferecendo ao visitante a oportunidade de apreciar, desde as belezas naturais, às manifestações culturais e artísticas, com uma excelente infraestrutura turística.
O evento Claro Brasil Ride terá sua logística em duas bases na Chapada Diamantina, nas cidades de Mucugê e Rio de Contas, entretanto, a maioria dos participantes terão a chance de conhecer outras regiões belíssimas do Estado, como as cidades de Vitória de Conquista e a capital Salvador, ambos pontos de partida para os translados oficiais até a primeira base do evento.
"Aqui, o sol brilha durante a maior parte do ano, propiciando ao turista uma maior oportunidade de desfrutar as belezas, manifestações folclóricas e história do Estado. A capital, Salvador, é a cidade de população mais negra do mundo, fora da África. Nela, índios, portugueses e africanos se encontraram e formaram um verdadeiro caldeirão étnico e cultural. Foi essa mistura que deu o molho perfeito para produzir gente tão bela, de plasticidade invejável," explica Emília Maria Salvador Silva, Presidente da Bahiatursa (orgão oficial de turismo).
A Bahia possui regiões lindíssimas, para isso, o Governo do Estado, como gestor público, desenvolveu uma infraestrutura dividida em 11 zonas turísticas, com destinos que agradam a todos os gostos. Além disso, a alma do povo baiano é inconfundível: alegre e expansiva, conquistando sempre o coração de todos. Costuma-se dizer que o baiano só vive em festa. Não é verdade, mas se alguém quiser ir a uma festa, a qualquer dia do ano, em algum lugar da Bahia certamente encontrará.
Chapada Diamantina
O coração da Bahia fica, geograficamente, na Chapada Diamantina, distante 472 km de Salvador. É um dos cenários mais mágicos e deslumbrantes do Brasil. A região da Chapada é formada pela imponente Serra do Espinhaço, que se estende da divisa da Bahia com o Piauí até Minas Gerais. O local abriga os três pontos mais altos do Estado: os picos do Itobira, do Barbado e das Almas. A beleza das águas com poços e piscinas naturais de águas cristalinas, é complementada por uma vegetação exuberante, que mistura espécies cactáceas da caatinga com raros exemplares da flora serrana, especialmente bromélias, orquídeas e sempre-vivas. A Chapada Diamantina é deslumbrante nos aspectos natural, histórico e cultural, relacionados principalmente com a descoberta e exploração de ouro e diamante na região. O Parque Nacional da Chapada Diamantina foi criado em 1985, com o intuito de proteger a área, incentivar a pesquisa científica e o ecoturismo, está sob responsabilidade do Ibama, que conta com o forte apoio local dos moradores na preservação ambiental.
Rio de Contas
Rio de Contas (a 662 km da capital) é uma das mais antigas jóias da Chapada Diamantina. Além da beleza e do acervo valioso, é no município que fica o Pico das Almas, um dos pontos mais altos da Bahia. A Cachoeira do Fraga, formada por bacias em diferentes níveis e considerada o cartão postal do município, é outra atração para encher os olhos dos visitantes. Manifestações como o Reisado são expressões da cultura local.
Mucugê
Este belo e cativante município (a 441 km de Salvador) abriga, a quatro quilômetros da sede, Parque Municipal Sempre Viva. São 520 hectares entre rios com cachoeiras, sítios arqueológicos de garimpos, ruínas, casas de pedra e campos rupestres com orquídeas, bromélias, begônias, sempre vivas, plantas carnívoras, entre outras belas e curiosas espécies vegetais. A arquitetura do parque é um resgate cultural das casas dos garimpeiros, uma verdadeira viagem na história da mineração dos diamantes, com sistema de informações geográficas, laboratório, centro de visitantes, alojamentos, trilhas sinalizadas, com guias treinados, educação ambiental e desenvolvimento sustentável. Um grande paraíso ecológico onde estão as mais belas cachoeiras e piscinas naturais de Mucugê, que após uma leve caminhada oferece um maravilhoso banho. Outro atrativo que não se pode deixar de visitar é o Cemitério Bizantino, construído em 1855, após um surto de cólera que atingiu a região. O Cemitério Bizantino é hoje um dos lugares mais visitados na cidade, com suas construções pontiagudas pintadas de branco sobre o verde que cobre uma imensa rocha da Chapada. Localizado na parte norte da cidade, o cemitério é o único exemplar do estilo bizantino no continente americano. Outros atrativos do lugar são a Cachoeira das Andorinhas, Cachoeira do Cardoso, Cachoeira Córrego da Pedra, Cachoeira da Sibéria e a Cachoeira da Martinha
Lençóis
Considerada a capital do Diamante, Lençóis (a 425 km de Salvador) revela parte da História do Brasil, em ruas de pedra, reduto de casario colonial. Principal destino da Chapada Diamantina, dispõe de uma infra-estrutura completa para receber visitantes que podem se deleitar também com eventos famosos como o Festival de Lençóis, que acontece todos os anos, entre setembro e outubro, e onde milhares de pessoas se rendem aos mais variados ritmos da música brasileira.
Andaraí
Andaraí está encravada no coração da Chapada (a 410 km de Salvador). É uma cidade de clima serrano, sempre ameno e mais frio nos meses de meio do ano. Está próxima à misteriosa localidade de Igatu, a 114 km de Lençóis, proporcionando aos visitantes um passeio inesquecível por ruínas dos tempos do garimpo e casas de pedra habitadas por descendentes dos desbravadores da região. Resquícios do tempo da corrida do diamante, que lembram o cenário de um filme medieval.
Salvador e Baía de Todos os Santos
Salvador, capital do Estado da Bahia, e a Baía de Todos os Santos formam uma díade inseparável. A cidade, com seus muitos encantos, tradições, riqueza histórica e humana, tem na Baía um portal que interage com sua trajetória desde os primórdios da sua formação, no séc. XVI. É a Baía ponto de partida de Salvador para a região deslumbrante das ilhas e municípios do Recôncavo, assim como portal de chegada e entrada, um estuário que beija a margem sul da capital, e que é, ao mesmo tempo, cartão postal, exuberância do meio ambiente e uma referência insuperável do marco por onde o Brasil começou sua história.
Salvador é o principal pólo turístico do Estado e o segundo destino turístico do Brasil. Não é por acaso: a multiplicidade cultural, originária da fusão de raças e costumes, deu origem, ao longo de cinco séculos de história, a uma das mais fascinantes metrópoles do mundo. Salvador proporciona aos seus habitantes e visitantes todas as facilidades de um centro urbano desenvolvido, constituindo-se em um destino turístico de alto padrão. Possui 40 km de litoral, belas praias e ótimas opções de lazer. Seguindo a tradição de urbanização do colonizador português, a capital baiana foi construída em dois níveis, se adaptando à topografia da região: a Cidade Baixa e a Cidade Alta.
Nas ruas do Centro Histórico, os visitantes são transportados para o passado remoto do Brasil, quando Salvador sediou a capital da Coroa Portuguesa nas Américas nos séculos XVI e XVII. Alguns monumentos construídos neste período continuam preservados, o que torna o patrimônio arquitetônico da cidade único. No Pelourinho, os visitantes podem contemplar o espetáculo arquitetônico dos mais de 800 casarões dos séculos XVII e XVIII. Dezenas de igrejas, museus, ruas calçadas de pedras, praças, restaurantes e lojas completam a estrutura deste bairro que, no passado, era ponto oficial de tortura dos escravos negros. Há pontos de Salvador que não podem ficar de fora de nenhum roteiro. Além do Mercado Modelo, a Igreja Nossa Senhora da Conceição da Praia, padroeira da cidade, e o Solar do Unhão, construído no século XVII, que abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia e o Parque das Esculturas.
Fotos: JFreitas/Bahiatursa