Uma iniciativa que começou no ano passado e já começa a render frutos. Nota-se um aumento no número de turistas em relação a 2009. Encontram-se muitas pessoas adultas, diferente do que ocorre em Palmeiras e Rio de Contas, referências do carnaval na Chapada.
A intenção em Mucugê é também virar uma referência, mas cultural. Segundo o prefeito Fernando Medrado (PDT) as manifestações culturais podem atrair pessoas em grande quantidade fora dos feriadões de Carnaval e São João. Assim, a parcela da cidade que vive do turismo, terá público para consumir serviços de hospedagem, alimentação e produtos como artesanato.
“Queremos elaborar com a Bahiatursa e outros órgãos um calendário de eventos. Este ano, no dia de Reis já houve um crescimento significativo de participantes”, analisa Medrado.
A primeira tarefa é mobilizar a própria população. Na tarde do domingo desfilou o estranho bloco Macutum Zezê e os cão de Loi. Um grupo encabeçado por um mascarado com a cara do capeta, seguido de crianças com o corpo coberto de lama, e outros mascarados e tipos esquisitos diversos, andando em fila indiana ao som do batuque. “É uma tradição que estava abandonada e estamos trazendo de volta este ano”, explica a produtora Ana Cristina Collier.
Durante a caminhada os “cão de Loi” cruzaram com um grupo instrumental que promovia uma batucada e cada um seguiu seu caminho, em meio a turistas fotografando e crianças olhando assustadas o desfile do capeta.
Mesmo no palco de shows noturnos, com atrações bancadas pela Bahiatursa, há uma preocupação em dar espaço à tradição. Neste domingo é dia de J. Veloso. “Nós também pedimos ao pessoal da banda local que faça um carnaval mais leve no começo da apresentação”, defende o prefeito.
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