Consiste numa intervenção teatral de rua utilizando a linguagem do palhaço, boneco e da música. O argumento é uma palhaça perdida em busca de um Coreto prá tocar flauta. Lugar de valor histórico e patrimonial aonde a palhaça Xerafina se aproxima já jogando com as pessoas, chegando no Coreto ela se instala e apresenta o Alarico Chorão (um boneco que mesmo paradinho vai "dublar" o violão sete cordas gravado pelo violonista Alessandro Penezzi). Juntos eles visitam memórias musicais através de um repertório de serestas, valsas, sambas e choros de Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Zequinha de Abreu, Joaquim Callado, Erotides de Campos, Jacob do Bandolim, Waldir de Azevedo, Nelson Cavaquinho, Cartola, Noel Rosa, Baden Powell, Chico Buarque entre outros. Xerafina e Alarico Chorão sempre tem um pandeiro, um caxixi e um chocalho convidando também o público a toca r com eles. Compartilhando os nomes das músicas e dos compositores com a platéia a palhaça e o boneco buscam reverenciar a tradicional roda de “choro” e sua importância enquanto gênero musical. “Choro” e “Riso” caminham juntos considerando que é uma palhaça "tocando". O som é sem amplificação se aproveitando da própria acústica do "cenário" então tem que ser escolhida uma boa hora em que a Praça/Coreto estejam sem outras intervenções sonoras. Minha sugestão é domingo no final de tarde umas cinco horas. A idéia é essa mesmo .... resgatar a importância dos Coretos não só enquanto espaço público mas como lugar da música acústica instrumental "revisitando" um repertório que infelizmente não se ouve nos meios de comunicação de massa. A intervenção subverte com recursos muito lúdicos e bastante simples.