terça-feira, 18 de novembro de 2014

O DIAMANTE DE MUCUGÊ


Uma pedra encontrada por mineradores, em 1714, no garimpo de ouro em Serra Fina – MG é a mais antiga citação sobre o diamante no Brasil. O ciclo do diamante teve seu inicio e apogeu em MG, caindo e reacendendo na Bahia ente 1844 e 1871. A riqueza dessa exploração ajudou Portugal a participar do processo de Revolução Industrial Inglesa no século XX. O Brasil pouco se beneficiou.
Acredita-se que em 1839 um explorador encontrou diamantes na região de Tamanduá (Chapada Velha) e que após essa descoberta sucederam-se novas descobertas uma das em 1842, na região da Serra das Aroeiras (Chapada Velha).
A principal hipótese em que a historia oficial se apóia é que em 1844, Cristiano Nascimento, ao lavar as mãos no riacho Mucugê achou diamantes. Entusiasmado, ele logo juntou varias amigos e parentes para fazer uma expedição de exploração ao garimpo. Eles pegaram em cerca de dois meses uma boa quantidade de diamantes, mas, precisando de mantimentos, Cristiano, envia seu melhor amigo, Paulo Ferreiro à Chapada Velha para ele vender uma parte do tesouro e comprar mantimentos. Ao tentar vender as jóias, Paulo acaba sendo preso, acusado de roubar algum comprador, já que eram peças de muita pureza. Para se livrar da prisão, Paulo foi obrigado a falar a verdadeira origem dos diamantes.
Em pouco tempo a notícia se espalhou e cerca de 25 mil pessoas (garimpeiros, aventureiros, etc.) migraram para a região da Chapada Velha aglomerando-se em povoados que mais tarde dariam origem a municípios como: Mucugê, Andaraí, Lençóis, etc. A região da Chapada Velha, que antes era quase despovoada se transformou na Chapada Diamantina e com milhares de pessoas interessadas no garimpo.
O ciclo do diamante na Bahia durou cerca de 27 anos, tendo o seu declínio em meados de 1871, já que o preço tinha caído muito e a produção da África do Sul tinha crescido bastante. As pessoas que estavam morando ali, foram obrigadas a buscar novas alternativas, uma delas foi a exploração do carbonado, que servia para perfuração, e na época foi muito vendido para a construção do Canal do Panamá. A exploração associada do carbonado com o diamante, estendeu o ciclo, na Bahia, até a primeira metade do século XX.
Atualmente as atividades econômicas que prevalecem são a agricultura e o turismo.

MUCUGÊ BAHIA BRASIL







O município de Mucugê fica situado na Chapada Diamantina, que é uma das 15 (quinze) Regiões Econômicas do Estado da Bahia, estabelecida pelo Centro de Estatística e Informações – CEI. A região possui segundo dados do IBGE (2002) 33 municípios distribuídos numa área de 41.756,1 km2, com uma população aproximada de 504.040 habitantes, constituindo-se assim numa região de pouco grupamento populacional dentre as regiões do Estado.

A Chapada Diamantina assume um papel estratégico na gestão de recursos naturais no Estado da Bahia por conta de sua elevada biodiversidade, presença de espécies raras e por ser a principal provedora de água para parte do semi-árido baiano, o qual ocupa mais de 50% da área do Estado. A região dispõe também de relevante acervo histórico, originário da exploração de ouro e diamantes, nos séculos XVIII e XIX, respectivamente, classificando como uma zona turística prioritária da Bahia.

O município de Mucugê localizado na microrregião da Chapada Diamantina surgiu por volta de 1844, quando foram descobertas jazidas de diamantes nos leitos dos seus rios, provocando uma desenfreada busca de pedras preciosas, que mais tarde deu origem ao Ciclo Diamantífero.

Incrustada entre montanhas da Serra do Sincorá, a cidade fica a 980m de altitude e possui uma temperatura média em torno de 18º a 19º, apresenta ainda como característica um clima serrano, com casas bem preservadas e de ruas e praças limpas. O município é composto pela sede e dois (2) distritos, João Correia e Guiné. O município faz fronteira com as cidades de Ibicoara, Abaíra, Piatã, Lençóis, Andaraí, Boninal e Palmeiras.

O município possui uma área de 2.455 km² e apresentava uma população de 13.682 hab, destes 3.317 habitantes na área urbana e 10.365 na zona rural .

A população de Mucugê vem recebendo imigrantes da microrregião, sendo o maior pólo de imigrantes trabalhadores assalariados temporários “bóias fria”. O município de Mucugê apresenta taxa de urbanização de 24,24% e uma densidade populacional de 5,51%.

Quanto ao aspecto socioeconômico, em função do ganho salarial do chefe de família da População Economicamente Ativa - PEA, a população municipal apresenta um ganho salarial expressivamente baixo, onde 53,47% recebem entre ½ e 1 salário mínimo mensalmente e apenas 2,55% recebe mais de 5 salários mínimos por mês e ainda encontra-se 13,92% de chefes de famílias que não obtém rendimentos.

Nos últimos 7 anos o município de Mucugê teve uma explosão agroindustrial, atraindo diversos produtores de horticultura, floricultura, cafeicultura e fruticultura. As características são de tecnologia moderna e industrial, tendo como produtos à batatinha, o tomate, a cebola, a cenoura, a beterraba e diversas folhosas, mais recentemente a produção do morango, da ameixa e da maça. O município possui cerca de 60% das atividades econômicas concentradas nas atividades agropecuárias.

Mucugê abriga ainda 52% do PARNA da Chapada Diamantina, local de grande potencial turístico natural e histórico. O PARNA, criado em 17 de setembro de 1985 pelo Decreto Federal n.º 91.655, visa proteger paisagens e ecossistemas notáveis situados nas montanhas, vales e altiplanos da Serra do Sincorá.


Cerca de 30 % do território do município situa-se dentro dos limites dessa Unidade de Conservação, revestindo a cidade de responsabilidade na preservação desse patrimônio, de valor inestimável. A cidade abriga ainda uma unidade de conservação denominada de Parque Municipal de Mucugê, com 540 hectares onde funciona o Projeto Sempre Viva.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

CHAPADA DIAMANTINA UM LUGAR FANTÁSTICO !






Chapada Diamantina.

Coordenadas: 12° 52' 49" S 41° 22' 20" O

A Chapada Diamantina é uma região de serras, protegida pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, situada no centro do estado brasileiro da Bahia, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Essas correntes de águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantescachoeiras e formam transparentes piscinas naturais. O parque nacional é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).1
A vegetação é exuberante, composta de espécies da caatinga semi-árida e da flora serrana, com destaque para asbromélias, orquídeas e sempre-vivas.
A Chapada Diamantina é composta por 28 municípios: Abaíra, Andaraí, Barra da Estiva, Ibitiara, Itaetê, Marcionílio Souza, Brotas de Macaúbas, Morro do Chapéu, Novo Horizonte, Palmeiras, Rio de Contas, Ruy Barbosa, Seabra, Souto Soares,Tapiramutá, Utinga, Wagner, Boninal, Bonito, Ibicoara, Ibiquera, Iramaia, Iraquara, Jussiape, Lençóis, Mucugê, Tanque Novo, Nova Redenção e Piatã.
Geologia

As rochas da Chapada Diamantina fazem parte da unidade geológica conhecida como Supergrupo Espinhaço, que tomou este nome por ocorrer na serra do Espinhaço, no estado de Minas Gerais. Apresenta-se em geral como um altiplano extenso, com altitude média entre 800 e 1.200m acima do nível do mar. As serras que compõem a Chapada Diamantina abrangem uma área aproximada de 38.000 km² e são as divisoras de águas entre a bacia do rio São Francisco (rios S. Onofre, Paramirim) e os rios que deságuam diretamente no oceano Atlântico, como oRio de Contas e o Rio Paraguaçu. As montanhas mais altas do Nordeste brasileiro estão na Chapada Diamantina: o Pico do Barbado com 2.033 metros, o Pico do Itobira com 1.970 metros e o Pico das Almas com 1.958 metros.
A Chapada Diamantina nem sempre foi uma imponente cadeia de serras. Há cerca de um bilhão e setecentos milhões de anos, iniciou-se a formação da bacia sedimentar do Espinhaço, a partir de uma série de extensas depressões que foram preenchidas com materiais expelidos de vulcões, areias sopradas pelo vento e cascalhos caídos de suas bordas. Sobre essas depressões depositaram-se sedimentos em uma região em forma de bacia, sob a influencia de rios, ventos e mares. Posteriormente, aconteceu um fenômeno chamado soerguimento, que elevou as camadas de sedimentos acima do nível do mar, pressionada pela força epirogenética, tendo aos pouco um sofrível erguimento ao longo de milhões de anos. As inúmeras camadas de arenitos, conglomerados, e calcários, hoje expostas na Chapada Diamantina, representam os depósitos sedimentares primitivos; a paisagem atual é o produto das atividades daqueles agentes ao longo do tempo geológico. Nas ruas e calçadas das cidades da Chapada, lajes de superfícies onduladas revelam a ação dos ventos e das águas que passavam sobre areais antigos.l
Alguns atrativos naturais causam espanto e êxtase, como a Cachoeira da Fumaça e seus 380 metros de queda livre ou o deslumbrantePoço Encantado. Mas são tantas as atrações que se pode optar entre visitar grutas, tomar banho de cachoeira, fazer trekking em antigas trilhas de garimpeiros, montar a cavalo ou praticar esportes e aventuras. A Chapada abriga, em seus vales e cumes, comunidades esotéricas e alternativas como no Vale do Capão.
Caminhar respirando o ar puro e admirando a paisagem é a principal opção dos turistas de todas as partes que visitam a Chapada. Os lugares verdejantes guardam sempre uma surpresa com águas cristalinas ou areias coloridas, belos morros, flores e hortaliças que encantam pela beleza e viço. Em Igatu, a curiosidade se aguça em meio às ruínas da cidade fantasma, construída com pedras que formam as paredes de pequenas grutas. Em Capão da Volta o "morro da igrejinha" é um dos lugares mais visitados, por católicos e todos que apreciam a beleza da Chapada.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014